Prof. Dr. Lucio A. Castagno
Dra. Octavia C. Castagno
Dr. Leandro F. Jaenisch
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A VOZ NOS TRANSEXUAIS
Transexualidade ocorre quando um indivíduo se identifica com o sexo oposto ao biológico. Sempre existiu em diversas culturas, e difere de homossexualismo ou transvestimo. Em nossos dias é possível compatibilizar a identidade sexual com o gênero percebido pelo indivíduo. Transgêneros podem encontrar paz e conforto após anos de angustia e desafios, e a moderna medicina oferece alternativas viáveis para transgêneros de ambos os sexos. Cerca de 25% dos transexuais são biologicamente mulheres que desejam ser homens, e os tratamentos hormonais são bastante eficazes (inclusive para espessar a prega vocal tornando a voz mais grave e masculina), sendo os procedimentos cirúrgicos reservados para remoção de mamas e modificação da genitália.
Mas 75% dos transexuais são homens biológicos que desejam virar mulheres. Nesses casos os hormônios femininos auxiliam em parte, reduzindo pelos e aumentando um pouco as mamas. Contudo transexuais homem-para-mulher (ou MTF de “male to female”) necessitam fundamentalmente de procedimentos cirúrgicos como mamoplastia, correção da genitália e, eventualmente, glúteos.
A voz é uma característica sexual secundária sendo a sua frequência diretamente vinculada ao tamanho da cartilagem tireoide (pomo de Adão no homem) e a espessura das pregas vocais; que são mais grossas no homem, pois a testosterona aumenta massa muscular. A frequência fundamental da voz masculina pode variar de 110 a 150 Hz (media 132 Hz); enquanto nas mulheres, com músculo vocal de menor tamanho e menos espesso a voz pode começar a ser percebida como feminina quando a frequência fundamental fica acima de 160 Hz. Alguns transexuais MTF conseguem falar afinando a voz com técnica vocal e falsetes. Mas isso requer um grande esforço e em situações fora de controle (riso, gargalhada ou tosse) as pregas vocais voltam a vibrar nas frequências masculinas mais graves. Parece ser uma pequena diferença de frequências entre homens e mulheres, mas é facilmente perceptível pela sonoridade dessas vozes em atividades cotidianas.
Existem diversas técnicas cirúrgicas para feminização da voz, ou seja, elevar a frequência fundamental para torna-la menos grave, desenvolvidas nas últimas décadas. A glotoplastia de Wendler foi descrita em 1989, sendo uma técnica microendoscópica minimamente-invasiva, e ganhou popularidade com os trabalhos dos otorrinolaringologistas Juan Casado na Espanha e Antonio Ballestas na Colômbia.
GLOTOPLASTIA DE WENDLER
É uma cirurgia microendoscópica em que o paciente, com anestesia geral e entubado, tem removido a o revestimento do terço anterior das pregas vocais, as quais são suturadas de forma a reduzir a área vibratória do musculo vocal; ao mesmo tempo é feita uma cauterização controlada ao longo de todo o músculo vocal. O procedimento dura cerca de 60-90 minutos e o paciente deve ficar sem falar (absolutamente nada falar) por duas semanas enquanto em cicatrização. Não são feitos cortes externos no pescoço, exceto quando se opta por fazer também plástica da cartilagem tireoide, naqueles pacientes com o pomo de Adão muito pronunciado; esse procedimento é essencialmente estético e não altera a voz. O procedimento requer hospitalização de dois dias. É fundamental o treinamento de fonação com fonoaudiólogo especializado por 3-6 meses no pós-operatório.
VOICE FEMINIZATION COLOMBIA
Em 2014 o Dr. Antonio Ballestas, após treinamento na Espanha com Dr. Casado, fundou em sua clínica otorrinolaringológica na cidade de Barranquilla o setor de cirurgia de voz que veio a ser “Voice Feminization Colombia”. Desde então conta com mais de 60 pacientes operados com um índice de sucesso (elevação média de 112 Hz na frequência fundamental) de quase 100%, e uma procura crescente por transexuais MTF de diversos países.
TRANSGENDER VOICE GROUP BRASIL
Dr. Ballestas foi colega de especialização do Dr. Lucio Castagno no Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade de Bordeaux na França. Recentemente o Dr. Castagno, professor de otorrinolaringologia nas Universidades Federal e Católica de Pelotas, fez treinamento em Barranquilla, sob supervisão do Dr. Ballestas, e instituiu o serviço de cirurgia de voz na Clínica Dr. Castagno, na cidade de Pelotas (RS). Assim surgiu TRANSGENDER VOICE GROUP BRASIL, com uma abordagem integral cirúrgica, fonoaudiológica e psicológica, que estamos agora colocando à disposição dos interessados.
TRANSGENDER VOICE GROUP BRASIL
Prof Dr. Lucio A. Castagno
CREMERS 12426
Clínica Dr. Castagno
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E-mail: drlucio@clinicadrcastagno.com.br
Referências:
⦁ Wendler J. VOCAL PITCH ELEVATION AFTER TRANSSEXUALISM MALE TO FEMALE. In: Proceedings of the Union of European Phoniatricians, 1990.
⦁ Casado J et al. WENDLER GLOTTOPLASTY AND VOICE-THERAPY IN MALE-TO-FEMALE TRANSSEXUALS: RESULTS IN PRE AND POS-SURGERY ASSESSMENT. Acta Otorrinolaringol Esp 2016; 67 (2): 83-92.
⦁ Ballestas A, Ballestas S, Cuello R. CIRURGIA DE FEMINIZACION DE VOZ COM TECNICA GLOTOPLASTIA DE WENDLER EM BARRANQUILLA, COLOMBIA. Acta Otorrinolaringol Col 2017; 45 (4): 247-253.
⦁ Song T, Jiang N. TRANSGENDER PHONOSURGERY: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS. Otolaryngol H Neck Surg 2017; 156 (5): 803-808.
⦁ Geneid A, Rihkanen H, Kinnari T. LONG-TERM OUTCOME OFENDOSCOPIC SHORTENING AND STIFFENING OF THE VOCAL FOLDS TO RAISE PITCH. Eur Arch Otorhinolaryngol 2015; 272: 3751-3756.